( publicado em 4/09/19 https://www.facebook.com/tesaosolarium/posts/3005472402856247 )
O viver é a conciliação do caos e ordem. De conciliar um corpo que
controlo parte dele, como meus músculos e ações decorrentes disso, com
um descontrole maior tanto interno como externo, pois respondem a causas
e efeitos que não controlei.
No Jogo Teso ITTAPA procuro navegar de
forma dantes não navegadas por minha carcaça no viver. No aspecto
político partidário, possuo uma crença e descrença, ou seja, já vivi
muitos anos muna opção de isenção partidária, ao aplicar o anarquismo
radicalmente no meu viver, inclusive nas eleições. Mas uma evolução
dentro mesmo do anarquismo me permitiu ver a indiferença entre voto e
não voto, e aceitar a opção do voto também como uma extensão do meu
anarquismo. Dessa forma, quase sempre fiquei ao lado, do que a limitação
das palavras e descontextualização da vida chama de esquerda. Mas em
algumas questões por manter meu livre pensar, essa massa da esquerda, me
nomeava de direita... Como sempre pautei meu viver no meu corpo e
decisões, sempre procurei ser menos influenciado pelas críticas alheias e
não procuro me justificar com meus atos, mas propagar pra poder servir
de exemplo a quem queira, principalmente a meus filhos...
Antes de
descobrir a riqueza e potência do anarquismo, me identificava com o PDT
do Brizola, pela sua crítica ao sistema, seu valor a educação e seus
aliados como Darcy Ribeiro. Meu último voto na vida foi ao Lula no 2º
turno, pelo apoio do Brizola. Pois sempre desconfiei do Partido dos
Trabalhadores, pois pra mim, trabalho vem de tripalium, e sou contra
torturas, mesmo tendo 'direito'' a férias ocasionais....rs (claro que
jogo aqui com as palavras, pois o buraco é sempre mais abaixo que é
possível descrever, e minha crítica vinha de ver as propostas e práticas
do que acontecia na época, à minha percepção)
Assim, nunca
trabalhei formalmente, minha carteira de trabalho só consta estágio de
arquitetura, e curiosamente hoje não me arrependo de nunca ter pago a
previdência, pois a massa da população escolheu políticos que avisaram
que iam acabar com a previdência, assim estou tão desassistido nessa
área como a massa que contribuiu por décadas. (acredito em produção
criativa, assim explico que nunca trabalhei, mas nunca dependi de papai
em mesadas ou heranças, ou companheira; ou os momentos eventuais de
empréstimos ou contribuição familiar foram bem menores que minhas
contribuições)
Enfim, meu jogo nas crenças em política partidária é
um pouco a visão do Jiddu abaixo. Partido obviamente significa dividido,
que não está inteiro. Mas em 2018, acompanhei DE DENTRO a política
partidária nas eleições presidenciais, não um dentro da política, mas um
dentro de me jogar a estudar e acompanhar, ler e ver vídeos, justamente
pois não escravizo meu TEMPO com
trabalhos-forçados-disfarçados-de-dignidade-pra-alienar as pessoas, tive
tempo de ouvir as propostas e cheguei a quase óbvia conclusão que o
Ciro do PDT era o melhor.
Assim fiz minha campanha pessoal e
virtual, mas como sou um cara queimado as pessoas em geral, pois as
pessoas procuram poder disfarçados de dinheiro, salários, ou aceitação
social em aceitar consensos de modismo, sou um crítico e provocador,
mais pelo meu viver, mas por consequência no meu relacionar e redes
sociais....rs
Curiosa espiral da vida, de Brizola a Ciro, e hoje
tenho uma sensação que o jogo das manipulações das massas vão confirmar
que certas coisas não mudam, e o Ciro por ser o melhor, nunca será
presidente do Brasil, o PT da Gleise e sua manada de lulopetistas (que
chamo de petistasminions) já anunciou que deseja em 2022 Bozo x PT. pra
repetir a tragédia do Bozo se reeleger ou uma tragédia que pode ser pior
ainda, a volta do PT e seu esquema partidão-senhor da verdade de volta.
Eu já acho que a marionete do Bozo não aguenta até lá, e vai acabar
dando PT x Dória ou Witzel....
Ou seja, depois de anos e anos sendo
otimista e trabalhando como terapeuta, me vejo um pessimista (no plano
social do que chamam de Brasil) e acho que teremos umas décadas de
decadência em lideranças nacionais.
Mas como acredito em meu viver e
no potencial humano, apesar de ver claramente as forças óbvias dos
memes falsos nas ideologias cotidianas, sigo meu caminho raulzitamente
sabendo que não sei pra onde vou mas sei que tou no meu caminho. Nisso
mantenho o norte da SOMA_EU sendo construído nesse Jogo Teso ITTAPA que
significa meu trilhar e adequar produção, propriedade, pensar e
socializar....
#Ciro2022
#SOMA_EU
#6vsv
#TesoITTAPA
"A crença não produz a cooperação; pelo contrário, a crença divide."
[...]
Enquanto não desfizermos estas barreiras, que constituem uma
automistificação, que nos dão uma certa vitalidade, não será possível
nenhuma cooperação entre nós. Pela identificação com um grupo, com uma
dada idéia, uma determinada nação, nunca chegaremos á cooperação.
A
crença não produz a cooperação; pelo contrário, a crença divide. Vemos
um partido político contra outro, cada um deles acreditando num
determinado método de atender os problemas econômicos e,
consequentemente, todos em guerra entre si. Não estão decididos a
solucionar o problema da fome, por exemplo. Interessam-se pelas teorias
que irão resolver aquele problema. Não lhes interessa na realidade o
problema, mas, sim, apenas o método pelo qual o problema se resolverá.
Por isso, tem de haver luta entre os dois, porque o que lhes interessa é
a idéia e não o problema. De modo idêntico, os indivíduos religiosos
estão uns contra os outros, embora, verbalmente, proclamem que tem uma
só vida, um só Deus; você sabe tudo isso. Entretanto, no íntimo, as suas
crenças, as suas opiniões, as suas experiências os estão destruindo e
mantendo separados.
A experiência, pois, torna-se um fator de
divisão em nossas relações, a experiência é um meio de mistificação. Se
experimento uma coisa, a ela me apego; não procuro investigar todo o
problema relativo ao processo de "experimentar"; mas, porque
experimentei, tanto basta, e por isso me apego à experiência e,
consequentemente, por meio dessa experiência, me imponho a
automistificação. Nossa dificuldade, pois, é que cada um de nós está de
tal modo identificado com uma determinada crença, com uma determinada
forma ou método de promover a felicidade, o ajustamento econômico, que
nossa mente está tomada por essa coisa e nos é impossível entrar mais
profundamente no problema; por esse motivo, desejamos permanecer à
parte, individualisticamente, com nossas peculiares maneiras de
proceder, nossas crenças e experiências. Enquanto não dissolvermos e
compreendermos essas coisas, não só no nível superficial, mas no nível
mais profundo, não pode haver paz no mundo. Eis porque importa muito que
aqueles que se sentem realmente interessados compreendam integralmente
este problema — o desejo de vir-a-ser, de realizar, de ganhar — não só
no nível superficial, mas fundamental e profundamente; de outro modo,
não há possibilidade de paz no mundo.[...]
(Krishnamurti - Quando o Pensamento Cessa - pág. 187 à 193)
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