As pessoas não estudam HISTÓRIA e ficam nas simplificações e banalizações....
Essa mesma falsa esquerda que faz governo pros banqueiros e se diz revolucionária, simplesmente dá esmola aos pobres acha que isso é a solução.
Muitos amigos meus se dizem e defendem o PT, mas se vc analisar a vida deles, são pessoas abastadas com propriedades e bons salários, defendem o PT pois é um jogo psicológico de se sentir bem, pois defendem 'causas nobres', mas desconhecem muitas vezes a realidade dos carentes.
Ví o PT nascer e antes do Governo Lula surfar na sorte da valorização das commodities e gerar um aparente crescimento no Brasil (que anos depois no mesmo Governo do PT, viu cair esse valor internacional e não soube lidar com a questão, mas deixou a falsa impressão que o Governo Lula foi maravilhoso) eu já denunciava com minha visão libertária o que acabou acontecendo, uma valorização do consumismo e não das estruturas reais. O pobres passam a consumir TV e eletrodomésticos (agora celulares) mas ficam morando na favela e sem saneamento básico.
(lembrando que em 2007 Lula aprova a Lei do Saneamento Básico, numa época em que 42% da população somente possuía SB, e em 2015, veja, somente governo do PT, passamos a ter 50.3% de pessoas com coleta de esgoto - ou seja, esse básico de suma importância quase não evoluiu...).
Claro que o link abaixo elogia o capetalismo, mas tudo virou capetalismo, e falar do passado não ajuda muito. As pessoas confundem as TEORIAS comunistas, que se aproximam do viés anarquista ou de Cristo (pra não confundir com a deturpação das Igrejas em seu nome), com as PRÁTICAS comunistas, que foram tão genocidas como o nazismo, fascimo e a banda podre do capitalismo.
Ou seja, falar em Partido Comunista no Brasil é tão ridículo como falar em Partido Nazista hoje em dia, mas como os judeus são donos de 'Roliúde' e da mídia em geral, fazem muto mais propaganda contra o nazismo que outras ideologias sanguinárias... As pessoas que defendem neste século o comunismo, ou são autoritárias, ou desinformadas, e é preciso saber adequar as palavras às mudanças de contexto e evolução histórica.
Quando houve as revoluções comunistas, tanto na URSS, como China e Cuba, os países saíram de ditaduras da realeza ou do capitalismo, por uma esperança de igualdade social. Mas a grande discussão nas INTERNACIONAIS DOS TRABALHADORES na Europa, que reverberaram anos depois no mundo a fora, eram entre os ANARQUISTAS E COMUNISTAS. Ambos desejavam uma igualdade social, mas enquanto nossa proposta era começar AQUI E AGORA, os comunistas vieram com o argumento da necessidade de um GOVERNO DE TRANSIÇÃO, em que uma VANGUARDA (do partidão claro, que o PT pensa igual até hoje) iria fazer essa transição. Marx era manipulador e chegou a transferir as reuniões da AIT pra nova Iorque pra esvaziar as propostas anarquistas. Enfim, depois da Revolução Soviética, houve um GOLPE meses depois, e começou o autoritarismo dos ditos comunistas, e nas suas primeiras ações, mandaram pra Sibéria (prisões) seus companheiros anarquistas de revolução. Isso se deu em Cuba, em que Fidel assumiu o poder, e Che Guevara mais esperto, viu que daria merda e saltou fora, continuando seu projeto de libertação em outros países.
Enfim, entendo a tentativa de pessoas que acreditam em uma outra forma de sociedade e usam da bandeira comunista (a brincadeira da URSAL nas eleições de 2018), porém se as pessoas estudassem, poderiam ver que o buraco é mais embaixo e que o Comunismo é uma forma de manter as desigualdades. No caso da URSS, ficou a transição por mais de 80 anos, até dissolver a URSS e a Rússia e outros países que se formaram acabarem por cair no capetalismo...
Os mais bobos da direita acham que HOJE a China e Rússia são comunistas, e são somente outras formas de capitalismo, ou seja ECONOMIA DE MERCADO. Inclusive a China com economia mais forte que os EUA e a Rússia uma potência militar mais forte que os EUA, mas os EUA tem mais poder de mídia e engana os tolinhos como se ainda fosse uma potência mundial (é, mas decadente).
EU deixei o anarquismo há poucos anos e prefiro me nomear de CAÓRDICO, e como era quando anarquista, procuro separar a atual "economia DE mercado" por uma futura "economia COM mercado", ou seja, não seremos somente consumidores e sim seremos cidadãos, como Pepe Mujica divulga....
Faço isso no meu cotidiano com o Jogo TesoITTAPA, uma forma de estar na sociedade, mas criando a minha micro sociedade alternativa.
Como existirá um GOVERNO central a curto e médios prazos, prefiro um candidato que lute por uma forma mais efetiva de diminuir as desigualdades sociais: Ciro Gomes
Rui MT
#Ciro2022
#TesoITTAPA
comentário do link https://brasil.elpais.com/brasil/2019/08/02/economia/1564739067_996880.html
“É preciso apagar a ideia de que reduzir a desigualdade é coisa de comunista”
Ex-economista do Banco Mundial, Martin Ravallion agora dá aulas em Georgetown. De família humilde, sofreu em primeira pessoa o impacto da pobreza antes de lutar contra ela
Uma hora de conversa com Martin Ravallion (Sidney, 1952) é o mais parecido a um livro de macroeconomia aberto em duas páginas: a da desigualdade e a das falhas do capitalismo do século XXI. Pai da tabela de um dólar (4 reais) diário como linha global de pobreza quando era economista do Banco Mundial — onde anos depois dirigiu seu prestigioso grupo de pesquisa para o desenvolvimento —, é desde 2013 professor da Universidade Georgetown (EUA). Ravallion, instalado há anos entre os 100 economistas mais reconhecidos do mundo de acordo com a classificação do Ideas-Repec, sabe bem o significado da desigualdade: nasceu em uma família pobre, sofreu na própria carne o que significa viver com dificuldades e decidiu que “não queria ser pobre” nunca mais, como disse quando recebeu o prêmio Fronteiras do Conhecimento BBVA, em 2016. “Todos os meus papers são muito chatos”, diz rindo ao EL PAÍS pouco depois de dar uma conferência organizada pela Oxfam no Colégio do México. Não é verdade: o australiano é um dos especialistas que melhor explicam, com palavras ao alcance de todos, por que a iniquidade é um dos grandes problemas globais de nosso tempo.
Pergunta. A pobreza extrema caiu bastante nas últimas décadas, mas a desigualdade ofuscou essa boa notícia.
Resposta. A desigualdade global, entendida
como aquela entre todos os habitantes do planeta e em termos relativos,
também caiu. Não tanto como a pobreza, mas caiu. E isso é algo que
costuma confundir as pessoas.
P. Cito um recente estudo do Banco
Mundial, que o senhor conhece bem: “A queda na taxa de pobreza
desacelerou, aumentando dessa forma a preocupação sobre a consecução do
objetivo de acabar com a pobreza extrema em 2030”. O que está
acontecendo?
R. Parte disso tem a ver com a
desaceleração (econômica) na África e com o fato de que a redução da
pobreza teve a ver em boa medida com o boom das
matérias-primas, que se deteve. Mas são coisas que flutuam, e acho que
não deveríamos ver isso como um grande problema: estamos no caminho,
desde que não ocorra outra crise financeira global, para cumprir com o
objetivo do próprio Banco Mundial de diminuir a 3% a pobreza extrema
global em 2030. Ainda que, claro, não sou isento porque colocar esse
número foi uma das últimas coisas que fiz no Banco Mundial (risos). Se
traçarmos como meta o objetivo de desenvolvimento sustentável (das
Nações Unidas) de “eliminar a pobreza” chegando a 0%, isso não ocorrerá
sem uma grande mudança nas políticas: ao ritmo atual levará 200 anos.
P. Mas mesmo eliminar a pobreza extrema não quer dizer que deixarão de existir milhões de pessoas em situação de miséria.
R. De forma alguma. A linha de 1,90 dólares (7,5 reais)
por dia é realmente baixa: imaginemos o pouco que se pode comprar com
essa quantidade.
P. A desigualdade irrompeu na agenda, mas fala-se o suficiente dela?
R. Não, deveríamos falar mais e fazê-lo de
maneira mais específica. Devemos nos centrar menos nas estatísticas e
mais em aspectos concretos que possam atrair a atenção (da sociedade) e
nos mobilizar à ação. Ainda que a desigualdade atraia maior atenção, a
pobreza sempre dominou o debate. “Pobreza” é uma palavra popular e
“desigualdade” não, mas, em parte, isso está mudando: a pobreza está se
transformando em uma questão respeitável na literatura acadêmica e a
sociedade é cada vez mais consciente.
P. A evolução recente na América Latina deve nos preocupar?
R. Sim. A situação da pobreza é muito
melhor do que em outras regiões, como a África subsaariana, mas sua
evolução está sendo pior. A desigualdade na América Latina é muito alta e
isso é um problema, tanto ao crescimento econômico como à luta contra a
pobreza. E a falta de consenso em relação a esse ponto é um grande
problema: há muita complacência e muita falsa retórica. Toda a
desigualdade é sempre ruim? Não, não é verdade. Há níveis de
desigualdade que são positivos em termos de incentivos, ao crescimento e
à própria redução da pobreza. Mas esse grau de desigualdade, como a
desigualdade racial e de gênero, é inaceitável e devemos construir um
consenso em torno disso.
P. Como?
R. É preciso mostrar mais às pessoas como a
desigualdade é custosa. Não é somente ética e moralmente repulsiva:
também é uma má notícia ao crescimento econômico. Se a desigualdade não é
bem gerida não ocorre muito crescimento e não será possível aproveitar
seus benefícios. Tudo está conectado.
P. Há um consenso quase total em torno à
ideia de que a pobreza é negativa e deve ser combatida, mas não existe o
mesmo consenso em relação à desigualdade. Por que alguns ainda veem na
desigualdade um catalisador do crescimento?
R. Muita gente apela à ideia de que em um
mundo sem desigualdade não haveria incentivos e, como dizia, há uma
certa verdade nessa afirmação. Mas o objetivo não deve ser a
desigualdade zero, e sim a pobreza zero. O objetivo deve ser um nível de
desigualdade manejável, aceitável, que não se perpetue. Continuam
existindo economistas que não prestam atenção às questões de
distribuição de renda: nunca será possível fazer com que todos os
economistas da academia concordem em algo. Mas não acho que alguém possa
consultar a literatura disponível hoje e discordar do fato de que a
desigualdade é um freio ao crescimento. Há 15 ou 20 anos, a maioria dos
economistas pensava unicamente na eficiência e dizia que a desigualdade
era positiva ao crescimento: novamente, depende dos níveis de
desigualdade de que estamos falando, mas agora já são poucos. É
significativo que o livro de economia mais vendido de todos os tempos
seja um sobre desigualdade, O Capital no Século XXI, de Thomas Piketty.
P. Qual seria a desigualdade “aceitável”?
R. Não sei: sabemos quando é muito alta, como em muitos países latino-americanos hoje, e quando é muito baixa, como na extinta União Soviética, na China anterior aos anos oitenta. E quando nos movemos na direção correta.
P. Pensemos em um índice como o de Gini. Em que ponto deveria estar a iniquidade para que fosse “manejável”?
R. Não focaria tanto nos índices, e sim
nas causas: é preciso existir boas condições de saúde, creches e escolas
decentes, os jovens devem poder estudar na Universidade e desenvolver
todo o seu potencial... Essas são as coisas que verdadeiramente
importam: é preciso focar mais nas políticas do que nos índices e nas
taxas. Também apagar a ideia de que querer reduzir a desigualdade é
coisa de comunista: eu gostaria que o capitalismo funcionasse para todo
mundo. E não vejo isso acontecer.
P. A pergunta de um milhão: como podemos fazer com que o capitalismo funcione para todos?
R. Principalmente, assegurando que o campo
de jogo fique muito mais nivelado: tentando minimizar a desvantagem das
crianças que nascem em famílias pobres. E isso requer uma intervenção a
partir das menores idades: precisamos de políticas que corrijam essa
iniquidade desde o começo.
P. Mas acha possível um capitalismo que funcione para todos.
R. Sem dúvida. Não disseram que o
capitalismo é uma ideia terrível, mas melhor do que as outras? Não adoro
o capitalismo, mas acho que não há nenhum outro sistema que possa se
equiparar à economia de mercado. Dito isto, o capitalismo de hoje não é o
mesmo do qual falava Adam Smith: se tornou menos competitivo e muito
mais dominado por monopólios. Deveríamos nos preocupar por isso: como é a
concorrência na indústria tecnológica, por exemplo? As coisas que um
capitalismo verdadeiramente competitivo pode conseguir são incríveis,
mas para isso precisamos nos assegurar de que a concorrência se mantenha
e que se lide bem com a desigualdade. E para isso são necessárias boas
políticas.
P. Aprendemos com os erros de políticas públicas cometidos no passado?
R. Não. É muito frustrante ver a falta de atenção
dada à avaliação das políticas. Em parte, porque quase todos os
políticos não querem escutar que seus programas não funcionam bem e em
parte porque muitas vezes os programas são muito inflexíveis. Avançamos
muito nos programas de avaliação de impacto desses planos nos últimos 20
anos, mas o maior desafio é que isso chegue ao processo político.
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