sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

INFORMES DE TE&SO – # 6 – Dezembro 2013



INFORMES DE TE&SO – # 6 – 13 de Dezembro 2013 

01 – Somaiê – eventos em SP, MG,  RJ e ES
02 – PES (AyA) – nova pesquisa EXPRESSÕES
03 – TV Visconde de Mauá  - 2 matérias
04 – Solarium HS – Aluguel de Chalé em Visconde de Mauá
05 – Cartas, vídeos e sugestões
06 – extras


01 – Somaiê, pedagogia do observar
Estamos começando grupos em São Paulo e Belo Horizonte, e articulando evento no Rio de Janeiro, visando iniciar a Somaiê no Rio.
Belo Horizonte – 15 de dezembro - http://tesobeaga.blogspot.com.br/
São Paulo – 22 de dezembro  - www.teoriaesomaie.blogspot.com.br

Rio de Janeiro – estamos estudando local e data, interessados se comuniquem

Espírito Santo  – existem pessoas interessadas que estão começando a articular um evento pra início de grupo, interessados se comuniquem
Uma característica dessa nova etapa é a existência de uma Vivência de Campo em Visconde de Mauá antes do grupo se fechar a entrada de pessoas novas, ou seja numa fase aberta da Somaiê. Depois que o grupo passa a uma dinâmica fechada, segue o mesmo caminho da Somaterapia e Somaiê, fazendo vivências mensais e com mais três viagens a campo num período da 12 a 15 meses.
CONVIDAMOS OS INTERESSADOS DE SP, MG, RJ E MG a participarem da Vivência de Campo em Visconde de Mauá  em JANEIRO de 2014.


02 – PES (AyA)
A Pesquisa com a AYAHUASCA segue com novas possibilidades.
Agora com fotos registrando as expressões ANTES e DEPOIS das Sessões...


03 – TV Visconde de Mauá

Festa de Aniversário no Vale do Pavão: aníver do Maori no Vale do Pavão, 15.11.13

 e evento no Centro Cultural de Visconde de Mauá: Flora, Fauna e Paisagem - A Arte de Marlene Lanfredi


 
04 – Solarium HS - Hospedagem e Saunaterapia
Temos um CHALÉ para Casal (com possibilidade de + colchão para mais pessoas) para aluguel de FINAL DE SEMANA e FERIADOS, com ou sem café da manhã.
Veja nosso BLOG pu página no Facebook:
(Cancelamos a Venda de 2 terrenos e iniciamos um novo projeto: POUSADA BIO COLETIVA, detalhes em 2014...)


05 – Cartas, vídeos e sugestões
Se comunique, responda nossos e-mais, informe sugestões de pauta, faça críticas e perguntas, enfim aproveite a interatividade. Quem quiser faça vídeos e nos mande.
IMPORTANTE – está recebendo e-mails REPETIDOS?, então seu nome está duplicado em nossa mala direta, NOS AVISE please, que corrigiremos.
Seu nome foi acrescentado e não se interessa em continuar a receber e-mails = NOS AVISE, que retiramos seu e-mail de nossos envios...


06 - extras
Aqui   vamos  incorporar  textos  interessantes,  que  merecem  ser  compartilhados.  Dessa vez uma postagem de um amigo que foi pra Índia e ao regressar postou esse texto no Facebook: https://www.facebook.com/notes/nei-silva/entre-gurus-sadhus-e-jeca-tatus/671410416213516
 
Entre gurus, sadhus e Jeca tatus

“Money!”, disse-me o velho de longas barbasque recebia as pessoas da interminável fila apontado a tigelaenferrujada. Lancei umas moedas, bateu-me nas costas 3 vezes com seu cajado, e empurrou-mepara fora do pequeno recinto, repetindo o procedimento no infeliz seguinte.Teoricamente eu estava livre das mazelas que portava ao entrar.
Eu estava no templo da poderosa deusaKhali, em HarDwar e, segundo amigos, aquelas magicas pancadas tinham poder dealiviar angústias, medos, doenças, maldições, etc.
O local, a Índia, a Babel da fé,onde os rituais, deuses, cerimonias não carecem manter coerênciaentre si. A saber, determinados Gurus recomendam que não se corte oscabelos, pois são estes, bocas que captam energia cósmica, outros,preconizam a careca, para mitigar a vaidade e, consequentemente, o ego; unsmeditam repetindo mantras, outros em silencio; uns falam em um deus lutador eguerreiro, outros numa energia simples e plena; uns benzem e prometem curasmilagrosas, outros dizem que tudo é passageiro; uns vestem grandesturbantes, outros andam pelados; uns elegem a cor branca para as roupas, outrosa cor vermelha, a cor laranja. Eu, um caipira nestas matérias, e céticode plantãotento apenas sentir a experiência. Sem procurar concordar,discordar, entender. Apenas sentir. Nem sempre consigo.

Mooji
Nesta caminhada que me meti, tive aoportunidade de conhecer gurus, sadhus, babas, e afins. Assisti “satsangs”do simpáticoMooji, um jamaicano que nos remete as reflexões existenciais a coisas simples einquestionáveis como ar, água, luz. Legiões o seguem pelomundo afora. Dele carrego as palavras: "A vida é como o rio Ganges,nãodápara acelerar, ninguém pode parar. Assim, deixe-a fluir, no seu tempo, na suavelocidade natural. Mooji é um verdadeiro poeta!

Prem Baba
Conheci um brasileiro iluminado quepassa parte do ano na Índia e é idolatrado por seguidores do mundointeiro. Ao contrario do jamaicano, o brazuca em seus satsangs (palestras), asvezes, trata de coisas pessoais, e responde as perguntas com prescriçõesde um conselheiro sentimental.
"Fique um ano sem serelacionar!", ouviu-o diz para um infeliz que se queixava de suas relaçõesamorosas. As perguntas são respondidas em bom português, para depois serem traduzidas para oInglês.Imagino o efeito de algumas palavras na babilônica plateia. "Cuidado para nãoser pego na curva", disse displicentemente uma vez, deixando para otradutor a tarefa de informar ao publico o que isto significa.
O resultado é que, para o bem oupara o mal, todo entendem, ou adequam o entendimento ao seu caso particular, emuitos lançam-se em pranto aos seus pés tentando beijá-los.
A catarse se completa com a boamusica e dança que precede e encerra suas falas. Muitas vezes os mantras sãoadaptados às melodias brasileiras como “Que falta me faz um xodó!”.Assim, o conjunto de seu inegável carisma, com o seu rosto de umJesus Cristo nordestino, com a boa Musica “brasileira’, com os corpos dançando,faz com que a multidão caia em transe a cada sessão.

Baba da Caverna
Conheci-o numa visita a uma antiga caverna,que para a minha supressa, tinha eletricidade, e algumas modernidades. Com umdreadlock natural de alguns metros, nos recebeu sem muita cerimonia, nos levoupara o alto da montanha fez uma fogueira, deu-nos uma deliciosa comida quepreferi não identificar os ingredientes. Num frio de zero graus, fezinúmerasestripulias, pulou, dançou, tocou tambor, gritou, riu e.... Mais nada... Nãofalou sobre a vida, nem sobre a morte, nada sobre nossa angustia nem sobre aalegria. Não deu conselhos, nada profetizou. No ponto alto da madrugadao celular do Baba tocou e ele num Inglês perfeito disse: "alooouudaaaarling, estou na montanha com uns amigos", foi de gargalhar. Rimos, eele tambémriu... Um Baba de uma linhagem antiga, que mora numa caverna e usa celular...

Dalai Lama
Passei uns tempos em Dharamsala,terra do refugiado Lama e entendi, um pouco, sobre a sua luta por um Tibetelivre. Tarefa difícil. O acaso me fez assistir uma série de palestrasdeste adorável senhor que iniciou-as pedindo ao público“respeitopara com todas as religiões. Infelizmente, nesta ocasião, passou a maior parte do tempo,explicando termos específicos e técnicos do Budismo tibetano ou,respondendo perguntas sobre o que aconteceu com o corpo de Buddha. O clima dentrotemplo émuito bom, os budistas são calmos e alegres, as crianças (futuros monges) correm e gritamcomo qualquer outra.

Buddha
Fui apresentado àspalavras de Buddha ao tomar parte de um retiro de meditação Vipassana, ondeficamos 10 dias em meditação. Este homem nascido no Nepal, masconsiderado indiano, viveu há 2500 anos e foi de tudo um pouco,psicólogo,filosofo, cientista quântico, músico, poeta, etc. O que ele ensinou,pode ser resumido nas seguintes coisas:
- tudo na vida éimpermanente, seja bom ou seja ruim, um dia passa;
- não podemos esticar o momento bom, nemencurtar o ruim;
- deveríamos sentir as coisas como elas sãoe...só.Simples e preciso.

Butterfly Baba
Conheci este guru vagando pelas pacatasruas da cidade de Hampi, sul da Índia. Nada pregava, nada prescrevia, comele nem física, nem metafísica. Dizia frases incompreensíveisque terminavam com a recorrente sentença: “The butterflies are coming to Hampi!”(as borboletas estão vindo para Hampi). Tentei inutilmente, criar um contextoonde as benditas mariposas seencaixassem, não consegui. Entre uma coisa e outra ele bebia sua garrafa dedestilado e fumava o seu cachimbo. Apenas posso dizer que era uma alegre figura.

O Guru
Se me perguntassem qual destes eumais gostei, não saberia responder. Parece que cada um, ao seu jeito, temum pouco das respostas para as perguntas que nós, nos fazemos. Posso dizer que fiqueitocado pela beleza das cerimonias “milagrosas’, que fui atravessadopela a musica de alguns, que vi coerência nas palavras de sicrano, que ri dairreverencia de beltrano, que bebi da poesia embutida nas reflexõesde fulano. Mas, se eu tivesse de escolher um Guru, eu não hesitaria emescolher um outro, milhares de quilômetros distante destes daqui. Oeleito, um brasileiro chamado “Seu Cesar”. Este elegantesenhor, uma mistura de Luiz Melodia com Seu Jorge, não usa turbante, nãofaz “satsangs”,nãodátapas nas costas, não canta mantras, mas que carrega em si a capacidade deentender a brincadeira que esta coisa chamada vida é. Proprietáriode um restaurante chamado “Jeca Tatu”, no Vilarejo deMaromba (Visconde de Mauá- RJ), ele segue na prática, os preceitos de Buddha mesmo sem os declarar, talvez mesmo sem osaber.: não se afeta com as adversidades davida, trata todos com uma irradiante simpatia; tem uma calma inabalável;ouve antes de falar; e não se abala com as impermanênciasda vida; temsempre, atrás do sorriso, uma palavra sabia e positiva para nosconfortar...
Para que o entendam, cito uma situaçãoque presenciei.
Um cliente não tinha como pagara conta, pois não tinha dinheiro, apenas cartão.
"Deposita na minha conta!",disse ele tranquilo.
O gajo, tão surpreso, quantoeu, anotou a conta num papel que guardou meticulosamente antes de sair.
Perguntei-lhe se temia tomar umcalote.
"Não... O cara vai depositar", dissecom a certeza de um profeta.
"Tem certeza?", cutuquei-ocom o tridente da dúvida.
"Absoluta!", respondeu mostrandoconfiançaem cada sílaba pronunciada.
"Nunca te deram calote?",provoquei.
"Não que eu lembre... Ou saiba... Éque eu nunca confiro direito se depositaram ou não!"
"Mas... e se o cara nãodepositar?... Você não vai saber....", eu disse.
“Não vou saber, nem vou sofrer”!,arrematou filosoficamente.
"Pense comigo”,acrescentou, “Se o caboclodepositar, o dinheiro vai estar lá, pronto."
"Sim...", disse eu, aindaabestalhado e tentando entender a lógicacesariana.
"Se o cara nãodepositar, o dinheiro não estará na conta, porém eu nãosaberei, logo isto não me incomodará."
Genial! Este é o César!

Dizem que Buddha renasce de tempos emtempos, pergunto-me se o César não seria o Buddha brasileiro.
Vale a pena conferir este iluminado esimples homem. Quem o conhece, que emita a sua opinião, quem nãoo conhece, apareça pelas bandas de Visconde de Mauá, praçada Maromba s/n. Na pior das hipóteses, vai desfrutar de seusmaravilhosos licores de cachaça; na melhor das hipóteses,vai degustar de seu humor em dois dedinhos de prosa!

Namastê, Salve, Salve, Hare Hare, Wahre, Hopkunká,Jurley, Amém para os gurus do mundo e Axé para o nosso iluminado Jeca Tatu!
De Nei Silva

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